Residentes de áreas uniprofissional e multiprofissional participam de cerimônia de acolhimento antes de iniciar atividades na rede de saúde pública

Cerca de 400 profissionais foram recepcionados por gestores da saúde local e nacional

Natalia Oliveira, da Fepecs

A manhã desta segunda-feira (4) iniciou com uma calorosa recepção aos cerca de 400 novos residentes das áreas uniprofissional e multiprofissinoal, que serão distribuídos em hospitais da rede pública e unidades da Atenção Primária ainda hoje. O evento, que foi pensando para acolher os novatos, ocorreu no Instituto Serzedello Corrêa (ISC), Escola Superior do TCU, e contou com a presença de representantes da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs); do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges/DF)l; da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde (Coremu), e do Ministério da Saúde (MS).

Reconhecida como uma formação de padrão ouro, a residência em área profissional foi instituída pela Lei 11.129/2005 e busca integrar o mundo acadêmico com o do serviço. Teve início no Distrito Federal em 2016 e hoje é considerada uma das residências mais procuradas do país. Com carga horária de 60h semanais, sendo 48h de prática e 12h de teoria, a especialização visa capacitar os profissonais para atuarem em situações diversas, tendo em vista que os programas são realizados em rede, ou seja, o mesmo residente transita por vários hospitais, conhecendo a realidade, estrutura e especialidade de cada um.

Presente à mesa de abertura do evento, a diretora-executiva da Fepecs, Inocência Rocha Fernandes reafirmou o compromisso da instituição, que é formadora nos programas, para “manter a exclência do ensino e ter cada vez mais profissionais gabaritados no mercado”. Servidora de carreira da Secretaria de Saúde (SES) e defensora do Sistema Único de Saúde (SUS), a gestora repetiu o apelo feito aos residentes médicos na última semana: “quando acabarem a residência, prestem concurso público para saúde do DF e fiquem conosco, precisamos de todos vocês”.

Programas

A duração dos programas é de acordo com a especialidade escolhida pelo profissional. Geralmente são de dois anos, à exceção do programa de cirurgia bucomaxilofacial, que é finalizado após três anos. Atualmente, o DF conta com 19 programas nas duas modalidades, sendo 15 na área multiprofissional e quatro na uniprofissional.

Diferente da residência médica, esses programas abrangem três ou mais categorias profissionais como enfermagem, nutrição, fisioterapia, dentre outras. A coordenadora dos cursos de pós-graduação lato sensu e extensão da Escs, Vanessa Dalva Guimarães Campos explica que “a diferença entre as duas modalidades está na quantidade de categorias profissionais. A uniprofissional tem apenas uma categoria, já para ser considerada multiprofissional, precisa ter pelo menos três categorias envolvidas”.

Somados aos residentes que já estão nos cenários de ensino, esses 400 profissionais que começam o treinamento em serviço ainda hoje, totalizam 800 residentes em áreas profissionais de saúde. Segundo a gestora, “as bolsas dos residentes são financiadas tanto pela SES quanto pelo Ministério da Saúde, o que garante a continuidade dos programas”. Na avaliação da coordenadora, “pode-se dizer que temos uma das maiores residências em áreas profissionais do Brasil, que também é muito qualificada, com tutores com mestrado, com incentivo à pesquisa científica e uma revista dedicada à publicação dos residentes”.

Evento

Durante o evento, os profissionais puderam conhecer um pouco mais sobre a história da Residência no país, além de saber sobre seus direitos e obrigações, regulamentados pela Portaria n° 493, de 8 de junho de 2020.

Também foram orientados sobre os locais de suas especializações e o fluxo instituicional de submissão de projetos de pesquisa no Iges, além de assistirem à palestra sobre proteção de dados. Após essas atividades, recebram seus crachás e foram encaminhados com suas cartas de apresentação aos lugares onde vão se especializar.

 

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